MARIELA PITANGA RAMOS
Proteja sua Saúde: dicas para reconhecer Fake News na área da Saúde
As fake news sempre existiram, mas assumiram um papel de destaque nas discussões atuais devido à sua rápida propagação nas redes sociais e à magnitude de seus impactos na área da saúde.

Mariela Pitanga Ramos*
As fake news sempre existiram, mas assumiram um papel de destaque nas discussões atuais
devido à sua rápida propagação nas redes sociais e à magnitude de seus impactos na área da
saúde. Desinformações sobre tratamentos, vacinas e cuidados médicos proliferam e podem
induzir pessoas a práticas perigosas ou ao abandono de cuidados essenciais. Um dos casos
mais recorrentes é o das notícias falsas sobre vacinação, que têm contribuído para a redução
das taxas de imunização e para o reaparecimento de doenças antes controladas, como
poliomielite, rubéola e difteria.
Muitos influenciadores digitais e profissionais sem especialização em determinadas áreas da
saúde frequentemente fazem afirmações sobre possíveis causas e tratamentos de doenças
sem embasamento científico. Essas declarações, amplamente compartilhadas nas redes
sociais, acabam ganhando força como “verdades absolutas”, contribuindo para a
desinformação e gerando desconfiança em relação à ciência. Esse cenário não apenas distorce
o conhecimento científico, mas também coloca em risco a saúde pública ao incentivar práticas
e crenças não comprovadas, que podem comprometer o cuidado e o tratamento adequados.
Assim, aprender a identificar essas informações é fundamental para a saúde de todos.
Antes de compartilhar qualquer mensagem com informações sobre saúde analise o
conteúdo da informação por meio de algumas perguntas:
A informação tem link?
O link abre ou está “quebrado”?
A informação foi publicada em um portal conhecido?
A informação é assinada por alguém conhecido?
A informação tem erros gramaticais?
A informação começa de modo alarmista?
A informação menciona terceiros, mas não diz o nome (como “famoso médico” ou
“famoso especialista”)?
A informação pede para ser compartilhada?
Faça uma busca para ver se a informação foi publicada em um site confiável ou conhecido.
Sites com nomes semelhantes a portais de notícias respeitáveis, mas sem autoria e contato,
geralmente são suspeitos. Fontes recomendadas incluem: Ministério da Saúde, Organização
Mundial de Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Sociedade Brasileira de
Infectologia (SBI), Conselho Federal de Medicina (CFM), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e
jornais de grande circulação e credibilidade.
Consulte outras fontes
Muitas vezes, uma fake news pode conter uma pequena verdade fora de contexto ou utilizar
uma notícia antiga como se fosse atual. Confirmar o conteúdo em outros meios ajuda a
desmascarar essas manipulações.
Compartilhe apenas o que é confiável
Para proteger sua saúde e a de quem você ama, compartilhe apenas informações que tenham
passado por uma verificação rigorosa. Esteja atento e ajude a espalhar conhecimento
verdadeiro e confiável.
Principais agências de checagem de fatos no Brasil
Links úteis para confirmar informações nas mais diversas áreas:
Aos Fatos - https://www.aosfatos.org/
Boatos - https://www.boatos.org/
UOL Confere - https://noticias.uol.com.br/confere/
Estadão Verifica - https://www.estadao.com.br/estadao-verifica/
G1 Fato ou Fake - https://g1.globo.com/fato-ou-fake/
É Verdade ou Fake news? – Saúde Abril https://saude.abril.com.br/coluna/e-verdade-
ou-fake-news
*Fonoaudióloga, Doutora em Saúde Coletiva e Pesquisadora no campo da Comunicação e
Saúde
COMENTÁRIOS