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Alegre,29/04/2025

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PAULO JORGE LÚCIO

A EUCARISTIA, MISTÉRIO DA FÉ - Parte 6

O Ritual da Missa.


A EUCARISTIA, MISTÉRIO DA FÉ - Parte 6

Nas últimas cinco reflexões que fiz sobre "A Eucaristia, Mistério da Fé", coloquei as bases e o fundamento bíblico do Mistério Eucaristico que estamos refletindo. A partir de agora e nas próximas reflexões irei abordar, parte por parte, "O Ritual da Missa". Minha intenção, como disse em algum momento passado, é tão somente ajudar aqueles que frequentam os templos católicos, sendo que alguns somente assistem ao ritual, sem entender a abrangência do que acontece na Celebração Eucarística, e, por isso, não colhem os frutos de uma participação consciente e efetiva.

Vamos lá, então...

Quais são os elementos ou partes da Missa?

Toda Missa inicia-se pelo "Rito de Entrada", também chamado de "Ritos Iniciais", formado das seguintes partes:

1) Enquanto o coral e o povo canta, acontece a procissão de entrada propriamente dita, do padre ou bispo que irá presidir a Celebração Eucaristica, junto com os acólitos e demais ministros/ministras que o ajudarão. Todos fazem reverência ao Altar, e o padre o beija, em sinal de respeito e veneração, onde será celebrada a Eucaristia do Senhor. Caso seja uma concelebração, todos os padres beijam o Altar.

2) Em seguida, o padre ou bispo que preside faz a saudação ao povo reunido. Toda a ação litúrgica acontece em nome e em louvor à Santíssima Trindade, por isso esta saudação inicial começa assim: "Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo", e todo o povo responde: "Amém".

3) Segue-se o Ato Penitencial, onde todos nós, juntos com o padre (ou bispo), reconhecemo-nos pecadores e imploramos o perdão de Deus, "para que possamos participar dignamente dos santos mistérios". Significa que, por mais santo ou santa que alguém possa ser, por si mesmo ninguém é santo e digno o bastante para participar do Mistério Eucarístico. Todos necessitamos do socorro divino. Terminado o Ato Penitencial o padre/bispo reza a fórmula de absolvição sobre a Assembléia, dizendo: "Deus todo poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados, e nos conduza à vida eterna". E todo o povo responde: "Amém". Em seguida, reza-se ou canta-se o "Kyrie eleison", cujo significado é pedir a misericórdia infinita a cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade: "Senhor, tende piedade de nós! Cristo, tende piedade de nós! Senhor, tende piedade de nós!".

4) Na sequência rezamos ou cantamos a Oração do Glória, que é o louvor e exaltação das Pessoas divinas: o Pai criador, o Filho redentor, e o Espirito santificador. Nesta oração, além da glorificação da Santíssima Trindade, pedimos a Deus que derrame suas bênçãos sobre cada um de nós. Esta Oração pode ser rezada ou cantada. Mas estejamos atentos para o fato seguinte: a Oraçao do Glória não é rezada nem cantada nos tempos do Advento e da Quaresma, nem nas Missas de Exéquias ou Finados.

5) Terminada a Oração do Glória, segue a Oração chamada "Coleta", onde o padre ou bispo que preside a Celebração diz "Oremos", em voz alta para que todos ouçam. É o momento em que toda Assembléia faz um pequeno instante de silêncio e coloca diante de Deus a sua intenção ou necessidade pessoal. Esta Oração chama-se "Coleta" porque ela reúne o que cada fiel presente naquele instante traz no silêncio do seu coração, a sua intenção ao participar daquela Missa. O padre diz "Oremos" e faz um instante de silêncio, à espera de que cada um expresse, silenciosamente, a sua intenção para quem (ou para que) deseja oferecer aquela Missa. Chama-se "Coleta" porque o padre/bispo recolhe numa só e mesma Oração as intenções do coração de todos os presentes. Ao final da Oração todos respondem "Amém", significando que tudo o que está no silêncio do coração de cada um foi levado à presença de Deus.

6) Feito isto, a parte seguinte é a Liturgia da Palavra, com as leituras bíblicas, geralmente três: uma do Antigo Testamento e as outras duas do Novo Testamento: sendo algum trecho de uma Carta dos Apóstolos e a leitura do Evangelho. Ainda como parte integrante da Liturgia da Palavra, o padre, bispo ou diácono, se for o caso, profere a Homilia ou Pregação do Evangelho. Este é um momento sagrado, em que o ministro da Igreja transmite e explica as leituras bíblicas para o povo. Este é o momento da transmissão da Palavra de Deus, não das posições ideológicas ou políticas pessoais do padre ou bispo celebrante.

Hoje fico por aqui, no desejo de estar ajudando você a compreender mais e melhor, passo a passo, os Ritos da Missa ou Celebração Eucarística, sempre em cumprimento ao desejo do Senhor, que, na Última Ceia, ordenou: "Fazei isto em minha memória" (Lc 22, 15-20).

Paulo Jorge Lúcio, padre casado.



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